Avião militar brasileiro mais vendido no mundo, o Super Tucano da Embraer pode fazer da parceria da companhia com a Boeing na área de defesa, afirmou nesta quinta-feira (14) o vice-presidente financeiro da Embraer, Nelson Salgado.
As duas fabricantes já confirmaram a criação de uma joint-venture para promover e desenvolver novos mercados para o cargueiro multimissão KC-390. Trata-se de um negócio paralelo à transferência do controle de 80% da área de aviação comercial da Embraer para a Boeing. Nessa empreitada, a empresa brasileira terá participação majoritária.
“A parceria em defesa não está limitada ao KC-390. É o foco inicial da parceria…Não existe restrição para o Super Tucano não ser tratado pela Boeing (na parceria)”, disse Salgado em teleconferência com jornalistas, depois que a Embraer divulgou nesta quinta-feira seu resultado financeiro referente ao quarto trimestre de 2018.
O executivo da Embraer ainda disse que a fabricante planeja entregar 10 Super Tucano em 2019 e a primeira unidade do KC-390. O primeiro cliente do cargueiro militar será a Força Aérea Brasileira, que encomendou um total de 28 aeronaves.
As parcerias da Embraer com a Boeing nas áreas de aviação comercial e defesa devem ser consolidadas até o final deste ano. As duas joint-ventures já foram aprovados por acionistas da fabricante brasileira e também pelo governo brasileiro, que detém ações da empresa com poder de veto.
Em comunicado divulgado na sexta-feira, a Embraer esclareceu que a joint venture com a Boeing na área da defesa não envolverá o A-29 Super Tucano.
Super Tucano já é produzido nos EUA
Desde 2013, o Super Tucano também é produzido nos Estados Unidos. A aeronave brasileira é produzida no país pela Sierra Nevada Corporation, parceira da Embraer. Os aviões produzidos em solo norte-americano já foram adquiridos pela Força Aérea dos EUA e também foram vendidos para países como o Afeganistão e Líbano.
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