A Força Aérea dos Estados Unidos (USAF) anunciou neste mês que pretende levar em frente a concorrência para fornecimento de um avião leve de ataque (Light Attack Aircraft). Até então, a força apenas avaliava alguns aviões para viabilizar uma possível encomenda capaz de suprir a necessidade de ter esquadrões capazes de lidar com ameaças terroristas, por exemplo.
Mas num comunicado no início de agosto, a USAF emitiu um pedido de propostas para o projeto para as empresas Textron Aviation, que oferece o AT-6B Wolverine e para a Sierra Nevada/Embraer A-29, associação que participa da concorrência com o Super Tucano – outros fabricantes que ofereciam versões militares de aviões agrícolas e jatos foram a princípio descartadas.
A expectativa é que um pedido formal de aviões seja feito em dezembro deste ano, mas o número de aeronaves ainda é mistério. Segundo a imprensa americana, talvez a encomenda seja bem mais modesta do que se esperava. Numa entrevista à revista Air Force Magazine, a general Ellen Pawlikowski, responsável pelo projeto, revelou que é possível que sejam encomendadas apenas 20 unidades do avião escolhido.
O motivo é evitar um alto custo de manutenção com essa frota de aeronaves. Assim que atingirem um tempo de serviço em que seja necessário uma manutenção mais pesada e cara, eles seriam aposentados e a USAF faria uma nova compra de unidades novas.
O plano americano é que esse avião de ataque leve seja também usado por aliados do país “que não tem condições de comprar um caça de última geração”.
Apesar da notícia, uma potencial encomenda não deve ocorrer senão em meados de 2019. O avião brasileiro, em que pese um acidente ocorrido em junho com o aparelho usado na demonstração, é conhecido dos americanos que o forneceram para o Afeganistão. Já o AT-6, versão local do Pilatus PC-9, é utilizado pela força aérea no treinamento primário de seus pilotos.
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