Principal fabricante de aviões turboélices de passageiros do mundo, a ATR admitiu nesta quinta-feira (30) que sofreu maus bocados nos últimos três anos devido à pandemia de Covid-19 e o ambiente econômico e geopolítico complexo. Mas para a empresa ítalo-francesa, essa má fase foi superada e neste ano a companhia diz que “está pronta para crescer”.
No ano passado, a ATR entregou 25 aeronaves novas e 11 usadas. A empresa informou que a carteira de pedidos atual “permanece em sólidos” 160 aviões. A fabricante controlada pelos grupos Airbus e Leonardo também celebrou a retomada da atividade da frota global de seus produtos, que está se aproximando dos números pré-Covid, com 1.200 aeronaves voando.
A CEO da ATR, Nathalie Tarnaud Laude, disse que a empresa da empresa para 2023 é de “pelo menos 40 entregas, com a ambição de aumentar a produção para 80 aeronaves nos próximos anos”.
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“Com sua economia imbatível, tecnologias mais recentes e desempenho ambiental incomparável, as aeronaves ATR são o que os clientes precisam para operar suas rotas de forma lucrativa, apesar da inflação e da incerteza energética. O que nos motiva é que a aviação regional sustentável tem o poder de melhorar vidas globalmente, fornecendo conexões vitais para comunidades e economias, o que se traduz em aumentos do Produto Interno Bruto e empregos”, acrescentou a executiva.
Marcos da ATR em 2022
No ano passado, a fabricante informou que foram criadas 150 novas rotas com turboélices ATR. A empresa também realizou em 2022 o primeiro voo de um ATR 72 abastecido com 100% de combustível de aviação sustentável (SAF), se valendo do novo motor Pratt & Whitney PW127XT, que hoje está certificado e em serviço com a companhia sueca Braathens.
A empresa também ressaltou que em 2022 colheu avanços importantes com o ATR 42-600S, variante do turboélice ATR 42-600 projetada para operar em pistas com menos de 1.000 metros de comprimento. No ano passado, a fabricante também iniciou o estudo de viabilidade do conceito EVO, uma versão do ATR 72 com motorização híbrida-elétrica.
A ATR estima que o mercado de aviação vai exigir cerca de 1.500 novos aviões turboélices nos próximos 20 anos. Com a falta de outros produtos nessa categoria, atualmente a fabricante europeia reina absoluta nesse segmento, com mais de 80% de participação. Em seguida aparece o Dash 8 (ex-Bombardier Q400), da renascida De Havilland Canada.