A TAP revelou em seu relatório de resultados do primeiro semestre ter chegado a um acordo com a Airbus para adiar a entrega de 15 jatos novos como forma de reduzir seu endividamento.
São 13 unidades do A320neo que deveriam ser entregues entre 2021 e 2022 serão recebidas entre 2025 e 2027 enquanto dois A330-900neo, previstos inicialmente para 2022, agora serão recebidos em 2024.
A companhia aérea portuguesa tem um contrato com a Airbus para 53 aeronaves (39 unidades da família A320neo e 14 A330neo), mas opera uma frota mais ampla por conta de aeronaves arrendadas. Atualmente, a TAP tem sete A320neo, 15 A321neo e 19 A330-900neo em sua frota.
Controle acionário do governo
Apesar disso, a empresa tem programada a entrega de outros três aviões da família A320neo, incluindo um A321LR, com autonomia maior. Por outro lado, a TAP admitiu no relatório que pode vender seis A319 e dois A320 de primeira geração.
Privatizada anos atrás, a TAP era controlada pela sociedade entre o empresário português Humberto Pedrosa e o fundador da Azul, David Neeleman. Mas o governo de Portugal decidir reassumir o controle da empresa e comprou a parte de Neeleman em julho.
A modernização da frota, que trocou os quadrimotores A340 e alguns A330 de primeira geração pelo mais eficiente A330neo, além do investimento nos A320neo, foram algumas das ações da gestão privada.
Líder em tráfego aéreo internacional
Agora com 72,5% das ações nas mãos do governo, a TAP evitou o risco de falência, agravada pela pandemia do coronavírus. A companhia recebeu uma injeção de recursos estatais e tem tentado retomar sua malha aérea internacional e em agosto chegou a liderar as estatísticas de passageiros no Brasil.
No mês passado, a TAP 23,5 mil passageiros em voos internacionais, com quase 20% de participação. A segunda colocada, a LATAM, teve apenas 17,8 mil pessoas transportadas.
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