TAP voltará a ser uma companhia aérea totalmente estatal

Governo português se prepara para aumentar capital da empresa, diluindo a pequena participação do empresário Humberto Pedrosa e dos funcionários
O A321LR e o A330neo da TAP

A TAP Air Portugal está prestes a voltar a ser uma companhia aérea totalmente estatal. Atualmente, o governo português já controla a empresa após a saída do empresário David Neeleman em julho de 2020.

No entanto, o investidor português Humberto Pedrosa, por meio da holding TAP SGPS, permaneceu com uma pequena participação na empresa.

Segundo a imprensa portuguesa, o governo fará um expressivo aumento de capital na TAP, que pode chegar a 1,7 bilhão de euros e que diluirá a pequena participação de Pedrosa e dos funcionários para uma porcentagem ínfima.

O ministro das Finanças português confirmou que haverá um aporte de 536 milhões de euros nesta semana. Além disso, o governo tenta converter o empréstimo de 1,2 bilhão concedido em julho para se transformar em capital da TAP.

Por outro lado, a TAP SGPS continuará sendo dona de 100% da Portugália, empresa que já foi uma regional no país. Entre outros ativos da holding, está a TAP Manutenção e Engenharia Brasil, antiga VEM Engenharia e que pertenceu à Varig. A unidade terá de ser vendida, segundo acordo fechado com a União Europeia.

A TAP foi repassada à iniciativa privada em 2015 após a venda de 61% de seu capital para a Atlantic Gateway, consórcio formado por Humberto Pedrosa (51%) e David Neeleman (49%), fundador da JetBlue e Azul, entre outros.

A divisão de manutenção no Brasil deverá ser vendida (TAP)

Sob a administração do primeiro ministro António da Costa, o governo português voltou a ter uma participação na companhia aérea em 2017 e desde então tem buscado transformá-la numa estatal novamente.

Apesar disso, a intenção do governo é voltar a privatizá-la num futuro breve. Em entrevista ao site Eco, o ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos, afirmou que existem três grupos de aviação e três fundos interessados na companhia aérea.

Entre os grupos cogitados estariam a Air France-KLM, a Lufthansa e o IAG, mas que seria o menos indicado por conta do hub de Madri, que concorre com Lisboa. Não há prazo estabelecido para isso, no entanto.

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