A Airbus sinalizou que não deve produzir tantas aeronaves em 2021 como havia planejado. Em atualização divulgada nesta quinta-feira (21), o grupo europeu informou que as taxas de produção permanecerão mais baixas por mais tempo. O ajuste afeta apenas os jatos da família A320, o principal produto da fabricante.
A produção do A320 será ampliada de forma gradual “em resposta ao ambiente de mercado” influenciado pela pandemia da COVID-19, diz a Airbus. A taxa atual de 40 jatos por mês será mantida até o 3° trimestre, passando em seguida para 43 unidades e 45 no 4° trimestre. Este ajuste representa um crescimento mais lento do que o previsto anteriormente de 47 aeronaves por mês a partir de julho de 2021.
Jato comercial mais vendido do mundo nos últimos dois anos, o A320 alcançou um pico de produção de 60 unidades por mês em 2019. O avião é produzido em fábricas da Airbus na França, Alemanha, Estados Unidos e China.
A taxa de produção mensal do A220 aumentará de quatro para cinco aeronaves por mês a partir do final do primeiro trimestre de 2021, conforme previsto anteriormente.
Sobre os widebodies (jatos de fuselagem larga), a fabricante espera que a produção continue estável nos níveis atuais, com taxas de produção de cinco A350 e dois A330 por mês.
Em 2019, a taxa de produção mensal de widebodies era de 4,5 jatos A330, nove A350 e um A380. A Airbus não mencionou dados sobre o “superjumbo” na atualização – a fabricante ainda tem cinco A380 encomendados e a produção da aeronave deve acabar em 2022.
“A Airbus continua monitorando o mercado de perto. Com essas taxas revisadas, a Airbus preserva sua capacidade de atender à demanda dos clientes, ao mesmo tempo que protege sua capacidade de se adaptar ainda mais à medida que o mercado global evolui. A Airbus espera que o mercado de aeronaves comerciais retorne aos níveis pré-COVID entre 2023 e 2025”, informou a empresa.
A Airbus encerrou 2020 com 566 aeronaves comerciais entregues, queda de mais de 34% em relação a 2019, quando alcançou o recorde de 861 entregas.