Tecnologia para criar aviões hipersônicos avança nova fase

Reaction Engines afirma ter desenvolvido um super pré-resfriador de ar, essencial para não derreter motores em velocidades hipersônicas
(Reaction Engines)
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Em velocidade hipersônica, um avião pode voar de Londres até Nova York em uma hora (Reaction Engines)

Um importante avanço científico divulgado nesta semana pode significar o fim dos voos de longa duração após a descoberta de uma maneira de impedir que os motores da aeronave derretam quando viajam em velocidades hipersônicas (mais de 6.000 km/h).

Especialistas da Reaction Engines, do Reino Unido, anunciaram que testaram com sucesso um “pré-resfriador” para o motor Sabre, que funcionou sem problemas em velocidade simuladas de Mach 3,3 (4.047 km/h). Os ensaios foram realizados na base da empresa no Colorado, nos Estados Unidos.

O motor Sabre é considerado “revolucionário” pela fabricante britânica pois combina as características de um propulsor a jato com as de um foguete. Ou seja, potência é o que não falta. A Reaction Engines ainda afirma que uma aeronave equipada com essa motorização poderá alcançar velocidades altíssimas, mas com o consumo de combustível moderado, semelhante ao de um jato.

A companhia explicou que o sistema de resfriamento conseguiu extinguir com sucesso a temperatura do fluxo de entrada de ar no motor a 420° Celsius para apenas 20° em menos de um segundo. De acordo com a Reaction Engines, essa temperatura replica as condições térmicas correspondentes ao voo em Mach 3,3, ou mais de três vezes a velocidades do som. Tal velocidade é o recorde do SR-71 Blackbird, a aeronave mais rápida do mundo produzida até o momento e 50% mais rápido que o avião comercial supersônico Concorde.

(Reaction Engines)
O motor Sabre poderá ser aplicado na aviação comercial ou mesmo em naves espaciais (Reaction Engines)

A empresa, no entanto, ainda não divulga detalhes sobre o novo sistema, mas garante que ele funciona.

O próximo teste com o motor Sabre será realizado em velocidade simulada de Mach 5,5 (6.791 km/h), informou a Reaction Engines. Tal ritmo pode reduzir o tempo de voo entre Londres e Nova York para menos de uma hora.

Apesar de naturalmente ainda estar longe de ser empregado na aviação comercial ou mesmo no espaço, outra área de interesse da Reaction Engines, a empresa britânica afirma que seu avançado sistema de resfriamento por ter empregos mais imediatos para indústrias como o automobilismo bem como o setor de petróleo e gás.

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Fundada em 1989 por engenheiros de propulsão, a Reaction Engines baseada em Oxforshire, no interior da Inglaterra, desenvolve projetos técnicos de equipamentos avançados para troca de calor, motores de alta tecnologia e os veículos em que poderia ser aplicados. Nos últimos anos, a empresa vem trabalhando em parceria e recebendo financiamentos de fontes públicas e privadas, como a BAE Systems, Rolls-Royce e a Boeing.

Veja mais: Boeing apresenta conceito de avião comercial hipersônico

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