Aproveitando a presença do vice-presidente dos Estados Unidos, Mike Pence, em visita ao Brasil, o presidente Michel Temer promulgou o “acordo de céus abertos” entre os dois países. Com isso o tráfego aéreo de passageiros e carga passará a ser explorado quase de forma livre entre o Brasil e os EUA.
Firmado em 2011 ainda nos tempos do governo de Barack Obama e Dilma Rousseff, o acordo prevê a operação de voos sem limite entre as duas nações além de permitir que aeronaves civis dos dois países cruzem seus espaços aéreos sem restrições. Continuará valendo, no entanto, a regra que impede que companhias aéreas americanas operem voos nacionais no Brasil e vice-versa. Até então, Estados Unidos e Brasil possuíam um limite mútuo de 301 voos semanais.
Uma das companhias aéreas mais interessadas no acordo, a Latam celebrou a assinatura que aguardava para estreitar relações com a gigante American Airlines: “A conclusão do acordo de Céus Abertos no Brasil é um marco de grande relevância para o desenvolvimento da indústria aérea do país e abre caminho para o Joint Business Agreement (JBA) da LATAM com a American Airlines. Este tipo de acordo segue se consolidando na região e trará benefícios que já são usufruídos por muitos passageiros no mundo, incluindo mais destinos, mais frequências e melhores tarifas”, afirmou em nota Enrique Cueto, CEO do grupo.
Agora Latam e American Airlines esperam que o departamento de transporte aéreo dos EUA possa aprovar a joint venture entre as duas empresas para que elas possam colocar em prática o plano de expansão na região. Também a Gol e a Azul devem estreitar suas relações com companhias aéreas americanas. A primeira tem a Delta Airlines como sócia enquanto a segunda já trabalha em conjunto com a United Airlines.
Mais opções e preços menores
Para a ANAC, o acordo “vai permitir maior competição entre as empresas e maior número de frequências aéreas”, diz nota publicada pela agência. A expectativa é que em breve exista uma ampliação das frequências entre várias cidades americanas e brasileiras e o fim do domínio de alguns destinos por determinada companhia. No entanto, o histórico dessas empresas não permite otimismo antecipado de que isso de fato ocorrerá – basta lembrar de outras iniciativas que beneficiariam os passageiros como o fim do serviço de bordo, o check-in remoto e, mais recentemente, o início do pagamento por bagagem despachada.
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Fazem tantos acordos que na prática não mudam nada! O tal desconto nunca aparece! E o consumidor vai continuar pagando a mesma coisa! A unica diferença será mais opções de voos, com os mesmos serviços!! Se é que não serão tirados!!