A Airbus estava certa: a certificação de tipo do A321XLR era uma questão de horas e nesta sexta-feira, 19, a EASA (agência de aviação civil europeia) aprovou o jato comercial para entrar em serviço.
A autorização por ora inclui a variante com motores CFM LEAP-1A que deverá entrar em serviço no último trimestre com a Iberia.
Já o A321XLR equpado com motores Pratt & Whitney GTF deverá ser certificado um pouco mais tarde, no final de 2024.
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“Lá vem o A321XLR, um produto diferenciado que traz novo valor ao mercado, ampliando as possibilidades para nossos clientes e passageiros aéreos. Com seu longo alcance, o A321XLR possibilita uma série de novas rotas diretas, oferecendo oportunidades naturais de crescimento aos nossos clientes e ao público viajante. Ele oferece às companhias aéreas a eficiência da uniformidade dentro da linha de produtos A320/A321 e sua cabine versátil, uma gama de possibilidades de serviços que são simplesmente únicas!”, celebrou Christian Scherer, CEO da divisão de Aeronaves Comerciais da Airbus.
O marco ocorre às vésperas do Farnborough Airshow, que ocorrerá de 22 a 26 de julho no Reino Unido, e pouco mais de cinco anos após o lançamento do programa, durante outro show aéreo, em Le Bourget em 2019.
O extenso programa de testes de voo foi iniciado em junho de 2022 com a decolagem inaugural do primeiro protótipo do A321XLR, ao qual se juntaram outras duas aeronaves.
Nesse intervalo de tempo foram realizados mais de 500 voos com 1.450 horas no ar.
O A321XLR introduzirá uma nova possibilidade às suas operadoras ao ser capaz de voar por distâncias de até 8.700 km sem escalas (algo como Nova York a São Paulo) e substituir os caros widebodies em várias rotas, incluindo destinos transoceânicos.
O primeiro A321XLR de produção em série deixou a cabine de pintura dias atrás e caminha para receber seus motores LEAP-1A logo antes de realizar o primeiro voo.
A Iberia o colocará em voos locais para treinamento antes de estrear a aeronave nas rotas de Madri para Boston e Washington, nos EUA, a partir do final do ano.
Já era esperado, a EASA nunca criaria dificuldades para o produto europeu, mesmo que tivesse algum probleminha oculto; a demora só ocorreu por causa da reclamação referente à instalação do tanque extra. Agora é um exagero essa chamada “terror dos widebodies”, sempre houve vôos transoceânicos com aeronaves de fuselagem estreita e o 321XLR não é concorrente dos modelos de dois corredores e, sim, mais uma opção para as empresas aéreas e devem ser usados principalmente nas rotas com pouca demanda.