Não bastaram os apelos do novo CEO Kelly Ortberg em carta enviada na quarta-feira nem a proposta de aumento de 35% nos próximos quatro anos para que cerca de 33.000 trabalhadores da Boeing na região de Puget Sound encerrassem a greve iniciada em 13 de setembro.
Os trabalhados filiados ao sindicato IAM votaram majoritariamente por rejeitar o novo acordo trabalhista, com 64% dos votos a favor de manter a greve.
Desta vez o IAM não recomendou um voto após o vexame da primeira votação, quando consideraram a proposta de 25% de aumento como a “melhor possível”.
A greve nas fábricas de Renton e Everett, onde são produzidos os jatos comerciais 737, 767 e 777, entra na sua 6ª semana nesta sexta-feira, complicando ainda mais a situação financeira da Boeing.
A carta enviada por Ortberg tentou convencer os trabalhadores da fabricante que a recuperação será lenta, como mudar o rumo de um grande navio, mas que o executivo-chefe acredita ser possível, diante do enorme carteira de pedidos de meio trilhão de dólares.
“Este é um grande navio que levará algum tempo para virar, mas quando isso acontecer, ele terá capacidade para ser grande novamente”, disse Kelly.
Perdas diárias de US$ 100 milhões
No entanto, a Boeing revelou que as perdas do terceiro trimestre foram enormes, de US$ 6 bilhões, sobretudo pela divisão de aviões comerciais e a BDS (Boeing Defense and Space).
Cada dia em greve tem significado perdas de US$ 100 milhões, segundo analistas, e a pressão de clientes e fornecedores só deve piorar o quadro.
A Boeing luta para não perder o grau de investimento diante de tantos problemas. Para isso está buscando cerca de US$ 35 bilhões no mercado a fim de estabilizar suas finanças nos próximos anos e ter fôlego para sair da crise.
Mas, aparentemente, o desafio será maior do que nunca.
pra não perder o grau de investimento?,qual louco poria dinheiro ali? se fosse empresa brasileira já teriam fritado a empresa na mídia e sem dúvidas rebaixadas a nota da empresa.