De forma surpreendente, a Avianca e a Viva Air solicitaram no início desta semana à Aeronáutica Civil Colombiana (Aerocivil) que a fusão entre elas seja apressada por conta de problemas financeiros da parceira low-cost. As duas empresas aéreas colombianas haviam anunciado a integração de suas operações em abril, mas que manteriam suas identidades corporativas.
Segundo a Avianca, a situação financeira da Viva Air revelou-se bastante grave nos últimos meses, o que as motivou a pedir a aceleração do processo de integração.
“O pedido de integração com a Viva busca lutar pela sua sobrevivência no mercado, bem como manter a competitividade que construiu durante 10 anos de operação”, disse Adrian Neuhauser, presidente e CEO da Avianca.
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Silêncio por parte da Avianca e Viva Air
Em comunicado divulgado nesta terça-feira, 9, a Aerocivil minimizou a pressão exercida pelas duas companhias aéreas, afirmando que “analisará criteriosamente as informações, argumentos e exceções apresentadas pelas empresas participantes e determinará, seguindo os mais altos padrões de análise desenvolvidos pelas autoridades nacionais e internacionais de concorrência, os efeitos da operação com a fim de adotar uma deliberação sobre ela à luz dos regulamentos e princípios da livre concorrência econômica“.
A agência de aviação civil da Colômbia também revelou que Avianca e Viva Air foram cobradas desde abril a apresentarem seus planos de integração e a data em que pretendiam unir suas operações, mas as duas empresas apenas afirmaram em maio que “necessitavam de um prazo razoável para apresentar” as informações à Aerocivil.
Apenas nesta segunda-feira, 8, a autoridade recebeu formalmente o pedido de autorização das empresas, afirmou a Aerocivil. Trata-se do dia seguinte ao início do mandato do presidente Gustavo Petro, primeiro político de esquerda a assumir o governo da Colômbia.
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Laços com a Ryanair
Com uma frota de 23 jatos Airbus A320, metade deles da versão Neo, mais eficiente, a Viva Air voa para destinos domésticos e internacionais, sobretudo no Caribe, mas também para cidades sul-americanas como Buenos Aires e São Paulo – a empresa possui uma filial no Peru.
Em operação desde 2012, a Viva Air tem como um de seus sócios Declan Ryan, filho do fundador da Ryanair. No arranjo anunciado em abril, o executivo irlandês deverá assumir um assento no Conselho de Administração do grupo Abra, que também incluirá a Gol Linhas Aéreas.