Troca de comando na GOL: sai Paulo Kakinoff, entra Celso Ferrer

Atual diretor de operações e piloto da Gol, Celso Ferrer assumirá o comando executivo da companhia a partir de 1° de julho
Paulo Kakinoff deixa o comando da Gol após 10 anos (GOL)

Paulo Kakinoff, CEO da Gol Linhas Aéreas, deixará o cargo no fim deste mês, passando a integrar o Conselho de Administração da empresa, informou a companhia nesta segunda-feira (16). Celso Ferrer, atual diretor de operações (COO), assume o comando executivo da Gol a partir de 1° de julho.

De acordo com a empresa, o processo de sucessão no comando vinha sendo preparado nos últimos três anos. Ferrer, de 39 anos, sendo 17 deles trabalhando na empresa, será o terceiro CEO na história da Gol, que iniciou as atividades em 2001. Antes de Kakinoff, que assumiu a cadeira em 2012, a aérea foi comandada por seu fundador, Constantino de Oliveira Junior, hoje Presidente do Conselho de Administração da companhia.

“A Gol é uma empresa que está em constante renovação, buscando sempre se antecipar aos desafios futuros. É com isso em mente — e com enorme satisfação — que anunciamos Celso Ferrer como o CEO escolhido para o 3º ciclo de gestão nesses 21 anos de existência da Companhia. Eu trabalho com o Celso há 17 anos e posso atestar que ele possui um profundo conhecimento do setor e da empresa como um todo. Sem dúvida, é um executivo mais do que preparado para liderar os novos tempos da Gol”, disse Constantino Júnior.

Próximo CEO da Gol, Ferrer iniciou a carreira da empresa como estagiário e desde de 2019 lidera as áreas de Operações, Segurança Operacional, Aeroportos, Planejamento, Malha, Suprimentos e Frota da empresa. Anteriormente, atuou como Vice-Presidente de Planejamento por 5 anos. Formado em Economia pela USP e em Relações Internacionais pela PUC-SP, Celso também é piloto de Boeing 737 e integra o quadro de tripulantes da companhia.

Prata da Casa: Celso Ferrer iniciou a carreira na Gol como estagiário (GOL)

“Assim como os CEOs anteriores, estou comprometido a honrar tanto o legado quanto o propósito da Gol, de contribuir para a construção do Brasil forte e justo que nos inspira e no qual acreditamos, de ser a primeira para os mais de 30 milhões de clientes que servimos anualmente, para os mais de 14 mil colaboradores que trabalham ao nosso lado hoje, para todos os nossos parceiros e amigos e para todos os acionistas que acreditam e investem em nossa companhia. Isso, é claro, sem em momento algum perdermos de perspectiva nossa essência Simples, Humana e Inteligente”, afirmou o novo CEO da GOL.

A mudança no comando da companhia acontece dias após o anúncio da formação do Grupo Abra, que reunirá os negócios da Gol e da colombiana Avianca, no que foi o último grande ato de Kakinoff como CEO da companhia.

“Com imensa gratidão ao Conselho de Administração e a todo o Time de Águias pelo privilégio e pelo orgulho de ter servido à GOL ao longo de todos estes anos, tenho agora a alegria de anunciar o Celso Ferrer como o novo CEO da Companhia. Ele é um dos melhores e mais bem preparados executivos com quem já trabalhei em toda a minha carreira profissional. Posso garantir que o Celso vai liderar, apoiado pelo nosso brilhante Time de Executivos, um ciclo ainda mais virtuoso da história da GOL, que está se iniciando agora”, assegura Paulo Kakinoff.

Low cost ao Premium

Executivo com passagem marcante pela indústria automobilística, Paulo Kakinoff deixou o posto de presidente da Audi Brasil em 2012 para assumir o posto de CEO da Gol.

Sob o comando de Kakinoff, a Gol passou por uma transformação radical. A companhia anteriormente conhecida pelos serviços limitados, atuando quase como uma low cost, passou a investir na qualidade dos produtos e conforto. Também foi em sua administração que a empresa expandiu a malha de voos internacionais, incluindo voos para os Estados Unidos, e planejou a renovação de frota com jatos Boeing 737 MAX.

Kakinoff deixa o comando da Gol após dois anos turbulentos. Por conta da pandemia de Covid-19, no ano passado a empresa teve prejuízo de R$ 7 bilhões e, em 2020, de quase R$ 6 bilhões. Com a retomada do setor aéreo, a companhia iniciou o ano no verde com um lucro líquido de R$ 2,6 bilhões no primeiro trimestre.

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