As críticas ao programa Joint Strike Fighter (JSF), que deu origem ao caça de 5ª geração F-35 Lightning II, por parte de Elon Musk ganharam um novo capítulo nos últimos dias quando a jornalista Lydia Moyniham, do New York Post, publicou que o presidente eleito Donald Trump pode cancelar o contrato em seu mandato.
Segundo ela, Trump disse ao CEO da Lockheed Martin, Jim Taiclet, que ele planeja encerrar acordo de um US$ 1 trilhão em virtude de a “China estar vencendo a corrida de caças.”
Apoiador de Trump e futuro integrante do governo, Musk escreveu em novembro que o F-35 é “um avião ‘faz-tudo’ caro e complexo, mas que não é bom em nada.”
A Lockheed Martin reagiu ao post da jornalista. “Isso é uma reportagem falsa”, replicou a empresa.
This is false reporting and fake news. https://t.co/3IhWrDulV6
— Lockheed Martin News (@LMNews) December 11, 2024
Até 68 caças no orçamento fiscal de 2025
O caça F-35 está em serviço desde 2015 e é uma aeronave desenvolvida para cumprir missões tanto na Força Aérea, quanto Marinha e Fuzileiros Navais dos EUA.
Para isso, a Lockheed desenvolveu três variantes com diferenças significativas, a F-35A, um caça convencional, a F-35B, com capacidade V/STOL (decolagem e pouso vertical ou curto), e a F-35C, que opera a bordo de porta-aviões.
O Departamento de Defesa dos EUA planeja adquirir 2.470 aeronaves do tipo e recentemente aprovou a produção em taxa total do F-35.
Para o ano fiscal de 2025, a administração Biden entregou uma proposta ao Congresso dos EUA prevendo a aquisição de um lote de 68 caças, sendo 42 F-35A (USAF), 13 F-35B (USMC) e 13 F-35C (nove para a Marinha e quatro para os Fuzileiros).
O F-35 também foi escolhido por outros 19 países, muitos deles parceiros no programa JSF.
A Lockheed Martin já produziu mais de mil aeronaves de combate, porém, a produção tem sofrido com atrasos em decorrência de problemas de uma atualização tecnológica chamada TR-3 (Technical Refresh 3), que pertence ao Bloco 4 do F-35.
Na Europa, o F-35 tem se transformado no principal caça dos membros da OTAN, sendo escolhido também por países próximos à fronteira com a Rússia como a Polônia e a Romênia.