A trajetória do Tucano com a Royal Air Force (RAF – força aérea do Reino Unido) está perto de terminar. As últimas aeronaves ainda em operação no país serão desativadas em outubro, após servirem por mais de 30 anos no treinamento avançado de pilotos da RAF.
Para celebrar a despedida do avião, a equipe Tucano Display Team programou uma série de demonstrações aéreas, o que não ocorria desde 2014. As apresentações com duas aeronaves serão realizadas pela Inglaterra (e também na Bélgica) até o final de setembro.
Os Tucanos operados no Reino Unido foram produzidos sob licença da Embraer pela Short Brothers, na Irlanda do Norte. Ao todo, a RAF recebeu 130 aeronaves entre junho de 1988 e janeiro de 1993. O substituto do “Short Tucano” será o Beechcraft Texan II.
Embora seja muito parecido com os Tucanos utilizados pela Força Aérea Brasileira (FAB), a versão britânica da aeronave tem cerca de 50% de comunalidade com o modelo original da Embraer. A principal diferença é o motor: o Tucano britânico voa com o turbo-hélice Garret TPE 331, enquanto os aviões da FAB são impulsionados pelo PT6A-25C2, da Pratt & Whitney.
O Tucano está em operação com a FAB desde setembro de 1983 e ainda deve continuar em serviço por mais 15 anos – 50 aviões serão revitalizados e modernizados nos próximos anos. A atual função da aeronave no Brasil é servir no treinamento avançado de pilotos.
Além do Reino Unido, o Tucano também é operado pelas forças aéreas de outros 13 países, como Argentina, Kuwait, Angola e Egito. Outro grande operador da aeronave foi a força aérea da França, entre 1995 e 2009.
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