Companhia aérea chinesa de controle privado, a Suparna Airlines assinou nesta semana um contrato com a empresa de leasing conterrânea SPDB Financial Leasing para alugar 30 aeronaves C919 fabricadas no país pela COMAC, informou a agência China Daily.
O C919 entrou em serviço em maio deste ano com a China Eastern Airlines. Segundo a publicação chinesa, até o final de maio o jato da COMAC recebeu 1.035 pedidos de empresas locais e estrangeiras. Por ora, um avião está em serviço e o segundo é preparado para a entrega para a mesma companhia, que encomendou cinco aeronaves do tipo.
O contrato de arrendamento dos aviões foi fechado na quarta-feira (12) na província de Hainan, onde fica a sede do HNA Group. O conglomerado privado chinês, envolvido em diversos negócios, detém 85% das ações da Suparna Airlines.
A introdução de 30 aeronaves na frota será um grande salto para a Suparna. A divisão comercial da empresa chinesa, fundada em 2003, opera atualmente oito jatos Boeing 737-800 e dois 787-9 Dreamliner. A companhia também atua no transporte de cargas com três “Jumbos” 747-400.
Siga o AIRWAY nas redes: Facebook | LinkedIn | Youtube | Instagram | Twitter
Tudo em casa
No mercado para competir com a dupla Airbus A320 e Boeing 737, o COMAC C919 é um avião construído essencialmente para abastecer a demanda do mercado chinês. Exportações do jato devem acontecer em alguns anos, para companhias do Oriente e de países aliados politicamente com a China – como oportunidades na África, Oriente Médio, Rússia e quem sabe até na América do Sul.
A introdução em grande escala do C919 é algo que também deve levar algum tempo para acontecer, bem como a certificação do avião em outros países. A produção do avião usa componentes fundamentais importados de fornecedores do Ocidente, como os motores e sistemas aviônicos. O envio regular desses itens, porém, depende do sabor do ventos geopolíticos.
Mais do que um produto, o C919 é uma conquista valiosa para a China e balança as estruturas do mercado aeroespacial global. Se for minimamente bem sucedido no mercado de aviação chinês, os pedidos de A320 e 737 no país podem diminuir.
