Tupolev apresenta bombardeiro Tu-22 modernizado na Rússia

Versão atualizada Tu-22M3 conta com novos recursos de navegação e sistema de mira mais avançado
O Tu-22 pode carregar mais de 20 toneladas de bombas ou outros armamentos (UAC)
O Tu-22 pode carregar mais de 20 toneladas de bombas ou outros armamentos (UAC)
O Tu-22 pode carregar mais de 20 toneladas de bombas ou outros armamentos (UAC)
O Tu-22 pode carregar mais de 20 toneladas de bombas ou outros armamentos (UAC)

O grupo United Aircraft Corporation (UAC), da Rússia, apresentou na última semana, em sua unidade em Kazan, o Tupolev Tu-22M3, nova versão do temido bombardeiro supersônico desenvolvido ainda nos tempos da antiga União Soviética. Segundo o fabricante, a aeronave modernizada está próxima de iniciar o programa de testes em solo e de voo.

O design do bombardeiro com asas de geometria variável, projetado para voar a mais de 2.000 km/h, não mudou na nova versão. Já os sistemas eletrônicos e comandos de voo do Tu-22M3, por outro lado, são 80% atualizados, informou o fabricante. Entre esses itens estão recursos como novos equipamentos de navegação e comunicação, além de um sistema de mira mais avançado.

“No geral, os sistemas modernizados da aeronave vão garantir sua operação a longo prazo e a implementação efetiva das tarefas como pretendido”, disse Alexander Konyukhov, diretor geral da Tupolev. O plano do governo russo prevê a modernização de 30 Tu-22 para o novo padrão M3 até 2020 – a força aérea da Rússia conta atualmente com quase 70 bombardeiros Tu-22 em serviço.

Caçador de porta-aviões

O projeto do Tu-22 começou no auge da Guerra Fria, no início dos anos 1960. O primeiro voo do bombardeiro foi realizado em 30 de agosto de 1969 e três anos depois a aeronave começou a ser incorporada às frotas da força aérea e marinha da União Soviética.

O Tu-22 pode alcançar a velocidade máxima de 2.050 km/h - Mach 1,88 (Alex Beltyukov/Wikimedia)
O Tu-22 pode alcançar a velocidade máxima de 2.050 km/h – Mach 1,88 (Alex Beltyukov/Wikimedia)

Alem de bombardeiro, o Tu-22 também serve para uma série de outras operações militares. Uma das principais tarefas da aeronave nos últimos anos com a força aérea russa é a de patrulha marítima. Uma das armas que o jato carrega para essa função é o poderoso míssil KH-15, apelidado como “assassino de porta-aviões”. O modelo da Tupolev também pode realizar missões de reconhecimento e ataques nucleares de longo alcance.

Entre 1967 e 1997, foram produzidos 497 unidades do Tu-22 em diferentes versões. O único cliente estrangeiro da aeronave na versão mais avançada foi a Ucrânia, de 1993 até o ano 2000, enquanto Iraque e Líbia operaram a primeira geração do bombardeiro, que tinha uma configuração bem diferente da atual.

A primeira geração do Tu-22 levava os motores fora da fuselagem (Divulgação)
A primeira geração do Tu-22 levava os motores fora da fuselagem (Divulgação)

Nota do editor: Além da Tupolev, o grupo russo United Aircraft Corporation, criado pelo presidente Vladimir Putin em 2006, também reúne as marcas Ilyushin, Irkut, Mikoyan, Sukhoi, Yakovlev, Myasishchev e Beriev.

Veja mais: Embraer adia entrega de primeiro KC-390 para 2019

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