A Embraer analisa propostas de fornecimentos de motores para seu turboélice de nova geração das fabricantes Pratt & Whitney e Rolls-Royce, afirmou o CEO da divisão de aviação comercial, Arjan Meijer, à Reuters.
O executivo revelou que a GE não participa da seleção. A decisão sobre o propulsor a ser usado na nova aeronave deverá ocorrer até o final do ano.
O novo turboélice deverá ser lançado no início de 2023 em duas variantes, com 70 e 100 assentos. A Embraer alterou a configuração da aeronave, instalando os motores na cauda, para reduzir o ruído e facilitar o acesso aos porões a fim de reduzir os custos de operação.
O modelo será compatível com 100% de SAF (Combustível Sustentável de Aviação) e pode no futuro utilizar propulsão híbrida.
Atualmente, a Embraer tem uma relação bastante próxima com a Pratt & Whitney, que fornece os motores GTF para a família E2. Além disso, a IAE (International Aero Engines, do qual a PW é sócia) é responsável pelo turbofan V2500, que equipa o KC-390.
Há ainda a parceria no fornecimento dos motores dos jatos executivos Phenom, de grande aceitação no mercado. A Pratt & Whitney domina o segmento de turboélices com os motores PT-6 e PW127, este último utilizado pelo ATR.
A Rolls-Royce, por sua vez, não atua na categoria há muitos anos, tendo focado seus produtos em widebodies, além de motores militares. No entanto, um turbofan da empresa britânica, em socidade com a Allison, equipa a numerosa frota de jatos regionais ERJ, da Embraer.
O novo turboélice da fabricante brasileira deverá chegar ao mercado por volta de 2028.