Uma das maiores transportadoras aéreas dos Estados Unidos, a Alaska Airlines apresentou na segunda-feira (1) o turboélice DHC Dash 8-400 que será convertido com um sistema de propulsão elétrica a hidrogênio. A modificação será executada pela ZeroAvia, empresa anglo-estadunidense de tecnologia que firmou uma parceria com a companhia aérea.
A cerimônia de entrega do avião para a conversão foi realizada na sede da ZeroAvia, em Paine Field, no estado de Washington. O Dash 8 que será modificado é um modelo aposentado da frota da Horizon Air, a divisão de voos regionais da Alaska Airlines. A aeronave foi repintada com um tema especial para destacar a parceria entre as empresas.
No mesmo evento, a ZeroAvia apresentou sua nova plataforma de testes em solo, o HyperTruck. Trata-se de um caminhão de quatro eixos e 15 toneladas (confira na imagem abaixo) que será empregado em provas de motores elétricos a hidrogênio para aeronaves maiores, como o Dash 8.
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“Este é um grande passo à frente na inovação da aviação, para ajudar a criar um novo futuro do voo”, disse o CEO da Alaska Airlines, Ben Minicucci. “Novas tecnologias são necessárias para tornar esse futuro possível, e estamos entusiasmados em fazer parceria com a ZeroAvia, líder do setor, para tornar realidade as novas opções de emissão zero”.
O Dash 8 convertido será o maior avião do mundo a receber um sistema de motorização elétrica a hidrogênio. Atualmente, esse título pertence ao HyFlyer II baseado no bimotor Dornier Do 228, de 19 lugares, que foi modificado pela ZeroAvia. A mesma empresa também trabalha na remotorização de um Cessna Caravan, em parceria com o grupo Textron.
“Demonstrar este tamanho de aeronave em voo, movido inteiramente por uma nova propulsão, seria impensável alguns anos atrás”, disse Val Miftakhov, fundador e CEO da ZeroAvia. “O lançamento deste programa nos coloca no caminho para um voo de teste no próximo ano e acelera nosso progresso em direção ao futuro do voo de emissão zero.”
Os motores elétricos a hidrogênio da ZeroAvia usam as chamadas células de hidrogênio para gerar eletricidade a partir de um processo químico com o oxigênio, que aciona motores elétricos para girar as hélices. Os sistemas elétricos desse tipo tem como “emissão” apenas vapor d’água e em temperaturas que permitem o gerenciamento do impacto do rastro.