O pedido recente de 470 aeronaves da Air India, o maior da história da aviação até o momento, pode ser pulverizado em breve. CEO da companhia turca Turkish Airlines, Ahmet Bolat declarou em entrevista a Reuters e outros jornalistas nesta quinta-feira (11) que a empresa planeja encomendar um total de 600 aviões novos para serem entregues num período de 10 anos.
Bolat não mencionou de qual fabricante pretende encomendar tantos aviões, mas é provável que um pedido desse porte envolva mais de um fornecedor, como Airbus e Boeing – e quem sabe até a Embraer. O executivo, por outro lado, mencionou que a mega encomenda deve ser formalizada no mês que vem, durante a conferência anual da Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA), que será realizada em Istambul, maior cidade da Turquia. O evento acontece entre os dias 4 e 6 de junho.
O pedido deve incluir 400 jatos de fuselagem estreita e 200 widebodies, revelou o CEO da Turkish Airlines, acrescentando que a frota da empresa chegará a 810 aeronaves após a conclusão do pedido em meados de 2033.
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“Durante a (conferência da) IATA vamos anunciar pedidos. Com um dos grandes fabricantes, estamos quase terminando nossas discussões. Vamos encomendar cerca de 600 aeronaves”, disse Bolat durante o lançamento do novo cardápio de refeições a bordo da empresa.
A encomenda de centenas de aviões faz parte do plano estratégico da Turkish Airlines para os próximos 10 anos, anunciado em abril. Entre as metas de crescimento, a empresa pretende transportar anualmente 170 milhões de passageiros até 2033, o dobro da performance atual da companhia, que neste ano deve atender em torno de 85 milhões de viajantes.
Mega pedidos
Pedidos por centenas de aeronaves estão se tornando recorrentes nos últimos meses. Além da encomenda histórica da Air India, outro pedido que chamou a atenção foi o da Ryanair, que nesta semana encomendou 150 jatos Boeing 737 MAX com opção de compra para outros 150.
Esse movimento de pedidos em massa está acontecendo devido ao momento de recuperação das viagens aéreas após a pandemia de Covid-19. Companhias que podem investir querem garantir com os fabricantes os slots de produção das aeronaves, que estão cada vez mais escassos e concorridos.
Portanto, seguindo essa tendência, a empresa aérea que não se apressar em encomendas novos aviões em breve pode ter de enfrentar grandes filas de espera nos próximos anos.