A Marinha da Turquia apresentou nesta semana seu novo e maior navio de guerra, o TCG Anadolu. Também classificado como uma embarcação de assalto anfíbio, o inédito barco é o primeiro porta-aviões incorporado pela armada turca. No entanto, ele não levará avião algum a bordo, mas sim drones.
A embarcação de 27.436 toneladas e 231 metros de comprimento foi comissionado na última segunda-feira (10), numa cerimônia que contou com a presença de importantes autoridades do país, entre eles o presidente turco Recep Erdogan.
Outros ilustres participantes do evento foram os drones Bayraktar e o Kizilelma, ambos projetados e construídos pela fabricante turca Baykar Technology, que foram posicionados no convés de voo da embarcação.
As duas aeronaves não tripuladas serão os braços longos de combate e vigilância do Anadolu, que também tem capacidade para receber operações de helicópteros pesados e de ataque – fora os 1.200 tripulantes e até 150 veículos blindados.
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Orçado em cerca US$ 1 bilhão, o Anadolu é um navio da classe Juan Carlos I projetado pelo estaleiro espanhol Navantia, que iniciou a construção da embarcação em 2016 no porto de Istambul em parceria com a empresa turca Sedef. Ancara ainda planeja a compra de um segundo porta-aviões no mesmo tipo, o TCG Trakya.
Porta-drones por acaso
O plano original da Marinha da Turquia era empregar o caça F-35B Lightning II da Lockheed Martin a bordo do Anadolu. Essa versão do caça, capaz de executar decolagens curtas e pousos verticais, era a mais adequada para o porta-aviões turco, que não possui catapulta de lançamento de aeronaves. Em vez disso, os caças decolariam da embarcação com auxílio de uma rampa na proa – sistema conhecido como ski-jump.
No entanto, o uso do F-35B a bordo da nova embarcação acabou frustrado em 2019 depois da Turquia ser expulsa pelos Estados Unidos do programa multinacional Joint Strike Fighter, que envolve nações que produzem o F-35. A decisão de Washignton foi tomada após Ancara adquirir sistemas de defesa aérea S-400, importados da Rússia.
Sem caças compatíveis para o modelo de operação do Anadolu, a marinha turca optou por empregar os drones produzidos localmente nas atividades aeronavais com a embarcação. Embora tenha sido oficialmente comissionado, o porta-aviões turco ainda passará por uma bateria de testes antes de ser declarado plenamente operacional, o que deve ocorrer em 2024.
tem um erro ali, Navantia é o estaleiro espanhol e Sedef o turco
Olá, Marcelo, tem razão. Já corrigimos, obrigado!