O sexto e último BelugaXL completou seu voo inaugural em 21 de julho, revelou a Airbus em seus perfis em redes sociais.
A aeronave de carga desenvolvida para transportar grandes partes dos jatos da fabricante é baseado no A330-200 e oferece uma capacidade 30% superior ao BelugaST, construído sobre a plataforma do A300-600.
Chamada pela Airbus de aeronave de carga superdimensionada, a família Beluga tem uma tarefa fundamental na produção dos jatos comerciais da empresa europeia.
Sem ela seria impossível manter várias linhas de montagem e fábricas de componentes em países como França, Alemanha, Espanha, Reino Unido e Estados Unidos.
O BelugaXL de número seis está registrado com o matrícula F-WWYX e possui algumas diferenças em sua pintura, entre elas as frases “The beating heart of Airbus” e “Also flying outsized cargo to your destination” além o desenho da baleia com uma piscadela no lado esquerdo.
O primeiro dos novos BelugaXL acaba de completar cinco anos desde seu voo inaugural, em 19 de julho de 2018. A aeronave foi certificada pela EASA em 2019 e entrou em serviço em fevereiro de 2021, assumindo o papel dos antigos BelugaST, agora prestando serviços para terceiros.
Super-transportador
Com 63 metros de comprimento e 8 m de largura, o novo Beluga é o avião com o maior compartimento de cargas do mundo. De acordo a fabricante, o modelo pode transportar duas asas do A350 XWB, enquanto o BelugaST levava apenas uma. Com uma carga útil máxima de 51 toneladas, o cargueiro tem alcance de 4.000 km.
O programa BelugaXL foi lançado em novembro de 2014 para atender aos novos requisitos de transporte logístico da Airbus. O formato especial da aeronave com uma grande porta de carga acima da cabine de comando permite o embarque de asas inteiras e grandes seções de fuselagens.
Antes de transportar componentes aeronáuticos com o BelugaST, a Airbus cumpria essa mesma tarefa com uma frota de Super Guppy, cargueiro quadrimotor turboélice desenvolvido pela Boeing na década de 1960.
Com o desenvolvimento de aeronaves com portes cada vez maiores, um cargueiro de maior capacidade foi necessário, situação que voltou a se repetir com a exigência do BelugaXL.