A Boeing concluiu a montagem do último 747 em sua fábrica em Everett, nos EUA. A aeronave, um cargueiro 747-8F, será entregue para a Atlas Air no início de 2023, marcando o final da produção do icônico avião comercial.
“Por mais de meio século, dezenas de milhares de funcionários dedicados da Boeing projetaram e construíram este magnífico avião que realmente mudou o mundo. Estamos orgulhosos de que este avião continue a voar pelo mundo nos próximos anos”, disse Kim Smith, vice-presidente e gerente geral da Boeing nos programas 747 e 767.
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O 747 número de série 67150 irá passar agora pela pintura e em seguida realizará voos de checagem de sistemas antes da entrega a seu cliente.
O “Jumbo” foi o primeiro jato de dois corredores do mundo, tendo iniciado a produção em 1967. A Boeing montou 1.574 aeronaves em 54 anos, entre versões como a 747-100, 747-200, 747-300, 747-400, 747-8 e a 747SP, com fuselagem encurtada e maior alcance.
Vítima dos widebodies menores
Embora tenha sido por muitos anos uma referência nas viagens aéreas de longa distância, o 747 tornou-se uma aeronave comercial de custo alto de operação por conta dos quatro motores.
Além disso, muitas companhias aéreas passaram a preferir widebodies menores como o 787, a fim de oferecer voos diretos entre destinos de menor demanda, reduzindo a importância dos grandes hubs.
No entanto, muitos exemplares da “Rainha dos Céus” deverão continuar voando por muitos anos, mas como cargueiros, função que o 747 ainda é bastante competitivo. Hoje poucas companhias aéreas ainda mantém o 747 em voos com passageiros, como é o caso da Lufthansa. Se você nunca voou no modelo, é melhor correr para comprar sua passagem.