O crescente mercado de carga aérea e as medidas climáticas que farão uma série de jatos serem aposentados em 2027 podem levar a Boeing a lançar um 787 cargueiro.
“Esse é uma possibilidade natural para analisarmos”, disse Brian Hermesmeyer, executivo da divisão de aviões comerciais da Boeing, a repórteres na semana passada.
Hermesmeyer não detalhou a possibilidade, mas confirmou que a companhia sempre estuda a demanda por versões convertidas de todos os seus jatos comerciais.
O Dreamliner entrou em serviço na década passada com vários aprimoramentos técnicos, sobretudo a ampla construção em material composto. É justamente esse aspecto que torna a conversão mais complexa.
Ao contrário do alumínio que envolve a fuselagem de aeronaves antigas, a fibra de carbono exige reforços na estrutura para compensar a abertura de portas de carga.
A Boeing tem uma linha bem sucedida de cargueiros novos, com o 767-300F e o 777F, mas ambos deixarão a linha de produção em 2027 por conta de não atenderem as futuras legislações ambientais.
Enquanto o 777F tem um substituto confirmado, o 777-8F, o 767 não possui um sucessor. Por outro lado, a conversão de jatos de segunda mão tem sido bastante comum na indústria, por conta da disponibilidade de aeronaves de passageiros no mercado.
Com uma concepção semelhante ao 787, o A350 também será usado para carga, mas apenas numa variante dedicada, a A350F, que entrará em serviço em 2025.