Fim da linha para o Airbus A380 na China. Maior companhia aérea do país, a China Southern Airlines confirmou a saída de serviço de seus dois últimos “Superjumbos”. A informação consta do relatório financeiro semestral da empresa divulgado nesta quinta-feira (31).
A China Southern foi a única empresa chinesa que adotou o A380. A primeira das cinco aeronaves do tipo que serviram com as cores da companhia entrou em operação em 17 de outubro de 2011. A despeito do anúncio da retirada completa dos aviões gigantes, a transportadora realizou o último voo comercial com o quadrimotor da Airbus em 6 de novembro de 2022.
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Os A380 eram empregados pela companhia chinesa principalmente em voos transpacíficos com destinos nos Estados Unidos. As aeronaves também serviam em trechos para a Europa, Japão e Austrália. Com o início da pandemia de Covid-19, a empresa deslocou parte da frota para trechos domésticos e voos de repatriação, enquanto outros aparelhos foram armazenados no deserto de Mojave, nos EUA.
Com um custo operacional altíssimo, o A380 se tornou uma aeronave inviável na China durante a pior parte da pandemia. Para conter a disseminação do vírus, o país manteve suas fronteiras fechadas por mais de dois anos. Apesar da retomada dos voos internacionais ao país, o ritmo não foi suficiente para a China Southern manter as atividades com a aeronave.
A retirada dos A380 afeta pouco a frota de longo alcance da China Southern, embora nenhuma outra aeronave a companhia embarque tantos passageiros – os modelos da empresa eram configurados com 505 assentos). A transportadora chinesa possui atualmente uma centena de widebodies, incluindo 30 Airbus A330, 18 A350, 14 Boeing 777 e 27 787 Dreamliner.
A China Southern é a quinta companhia aérea que retirou o A380 de serviço, seguindo o exemplo de Air France, Thai Airways, Malaysia Airlines e a empresa de wet-lease Hi Fly.
