A Força Aérea dos EUA (USAF) decidiu substituir parte da frota de E-3 Sentry AWACS (Airborne Warning and Control System) pelo avião-radar E-7 Wedgetail, da Boeing.
O anúncio foi feito pelo Departamento da Força Aérea nesta terça-feira, 26, justificando que o E-7 é “a única plataforma capaz de atender aos requisitos de gerenciamento de batalha tática do Departamento de Defesa, comando e controle e recursos de indicação de alvo móvel dentro do prazo necessário para substituir o antigo E-3”.
No entanto, o primeiro E-7 Wedgetail, baseado no jato comercial 737-700, só deverá ser entregue no ano fiscal de 2027. Um contrato com a Boeing será incluído no orçamento presidencial de 2023, com uma verba de US$ 227 milhões destinada ao programa de pesquisa, desenvolvimento, teste e avaliação da USAF.
Um segundo requerimento deverá ser feito no ano fiscal de 2024 e a decisão de produção, no ano seguinte, explica a nota da Força Aérea. Ao mesmo tempo, a USAF pretende desativar 15 dos 31 quadrimotores E-3 Sentry, baseados no Boeing 707 e que estão em serviço há mais de 40 anos.
Desenvolvido a pedido da Austrália, o E-7 Wedgetail é equipado com uma antena fixa de radar AESA fornecido pela Northrop Grumman no topo da fuselagem. O equipamento consegue monitorar o espaço aéreo em 360º de forma sintética, ao contrário do radar montado num disco giratório do Sentry. Militares de alta patente da Força Aérea já haviam manifestado seu descontentamento com a baixa capacidade de detecção de alvos do E-3, que está bastante desatualizado em relação às novas tecnologias e aeronaves de combate, como o caça chinês J-20, de capacidade furtiva.
Além da Austrália, a Coreia do Sul e o Reino Unido serão operadores do novo avião de alerta aéreo antecipado. A Royal Air Force (RAF), inclusive, aposentou seus E-3 em 2021 e irá repassá-los ao Chile. Já a USAF ainda não estipulou quantos E-7 deverá encomendar.