A Força Aérea dos EUA oficializou uma nova concorrência para selecionar uma futura aeronave de reabastecimento aéreo a partir de 2029. Nessa época, as entregas do KC-46A Pegasus deverão ter sido concluídas, de acordo com o contrato assinado com a Boeing.
A fabricante deve produzir 179 KC-46 para a USAF num acordo fechado com preço fixo, e que tem causado dissabores para ambas. Com vários problemas técnicos, o novo avião-tanque tem atrasado e não cumprido os requisitos estabelecidos pela força.
Atualmente, a USAF tem 44 KC-46 recebidos, de uma encomenda oficial de 94 aviões, segundo a Boeing. O lote mais recente foi assinado em janeiro incluindo 15 unidades a um valor total de US$ 2,1 bilhões.
Por conta da limitação contratual, a Força Aérea terá de lançar uma nova competição, que será aberta à fabricantes de aeronaves comerciais em variantes adaptadas para reabastecimento aéreo por meio de lança.
Como não há atualmente novos concorrentes, acredita-se que a Boeing possa voltar a oferecer o KC-46 enquanto a Airbus pode participar com o A330 MRTT, que chegou a vencer uma das concorrências KC-X, mas acabou desclassificado posteriormente.
Resta saber se não será mais apropriado para as duas empresas utilizarem plataformas mais modernas como o 787 e A350, a despeito do maior custo de desenvolvimento.
Segundo o requerimento da USAF, podem ser encomendados até 160 aeronaves a serem entregues a um ritmo anual de 15 unidades.
Programa KC-Z
O programa KC-Y é considerado uma aeronave de transição até que o projeto Advanced Air Refueling Tanker, chamado também de KC-Z, avance. A Força Aérea dos EUA avalia encomendar um avião não tripulado e que pode dispor de furtividade para ampliar sua sobrevivência em ambientes em conflito.
Nesse aspecto, a Marinha dos EUA está mais avançada, graças ao drone MQ-25, da Boeing, que realiza testes de reabastecimento em voo para futuramente fazer parte dos esquadrões embarcados em porta-aviões.