A Força Aérea dos EUA (USAF) chegou à conclusão que os céus estão perigosos para os grandes aviões de reabastecimento aéreo como o KC-135 e o KC-46.
Por isso, em vez de buscar um novo avião-tanque convencional, a USAF está acelerando o programa Next-Generation Aerial-refueling System (NGAS), ciente que precisa de uma aeronave capaz de reabastecer em voo e escapar dos radares.
Algumas empresas dos EUA já se debruçam na ideia e a divisão Skunk Works, da Lockheed Martin, revelou uma proposta para uma enorme aeronave não tripulada com características de baixa observação durante um evento recente.
O projeto difere da maior parte dos conceitos apresentados, com uma fuselagem achatada, asas enflechadas e cauda com estabilizadores verticais inclinados.
Mas o que chama a atenção, no entanto, são os dois casulos próximos às pontas das asas de onde saem lanças rígidas de reabastecimento em voo.
A saída dos motores fica localizada na cauda, entre os estabilizadores, mas as entradas de ar não podem ser identificadas. A localização mais provável pode ficar no nariz ou na parte inferior da fuselagem, no entanto.
Muitos programas, pouco dinheiro
O avião não tripulado é bem menor que um KC-46, o que seguiria alguns pré-requerimentos da USAF para que tenha uma assinatura de radar semelhante à de caças furtivos além de poder operar em pistas menores.
Há dúvidas se o conceito também poderá reabastecer aeronaves da Marinha dos EUA e também helicópteros e tilt-rotores como o V-22, que utilizam a técnica de mangueira e funil. Um equipamento do tipo pode ser instalado na parte traseira da fuselagem, por exemplo.
Apesar da proposta plausível, um porta-voz da Lockheed Martin afirmou à Air Force & Space que nenhuma das artes conceituais representa exatamente o que a empresa pretende oferecer à USAF.
Em meio a restrições orçamentárias, a Força Aérea busca repensar seus principais programas avançados, incluindo o NGAD, que pode dar origem a um caça de 6ª geração para o lugar do F-22 Raptor.
A USAF tem no momento que lidar com o novo bombardeiro B-21 Raider, os projetos NGAD e o NGAS, além dos programas de Aeronaves de Combate Colaborativas (CCAs), drones avançados que serão “alas leais” de caças tripulados.