A Amaszonas está na reta final no processo de transferência de suas ações para o empresário boliviano Luiz Divino, informou o chefe da Autoridade de Regulação e Supervisão de Telecomunicações e Transportes (ATT) do governo da Bolívia, Néstor Rios.
A companhia aérea boliviana está sem voar desde 8 de agosto, quando a DGAC (agência de aviação civil do país) suspendeu os registros de quatro jatos Embraer E190 que faziam parte de sua frota.
O motivo foi o pedido do arrendador GY Aviation, que cobra uma dívida de US$ 17 milhões da Amaszonas.
O grupo Nella, que assumiu a empresa aérea em 2021, tentou reverter o bloqueio dos aviões na Justiça, mas o governo boliviano impediu a retomada dos E190 pela ausência de um contrato de leasing válido.
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Dos quatro jatos, dois já estavam fora de serviço há meses enquanto os dois únicos que operavam ficaram parados em aeroportos de La Paz e Santa Cruz de La Sierra desde então.
No final de setembro, o CEO da Nella Airlines Group, o brasileiro Mauricio Souza, anunciou a venda da Amaszonas para Luiz Divino, mas não foram reveladas as condições do acordo.
A Amaszonas deve perder o Certificado de Operador Aéreo (AOC) nesta semana já que não tem condições de retomar seus voos em curto prazo.
Diante da transição societária, a transportadora deverá passar por um novo processo de certificação antes de relançar sua malha aérea.
Segundo Rios, o novo proprietário pretende resolver o impasse com a GY Aviation e reativar os registros dos jatos da Embraer.
Até antes de suspender seus voos, a Amaszonas mantinha uma rede de voos domésticos e também para países vizinhos, retomada após um período crítico durante a pandemia.