Venda de jatos executivos recua a números de 2004

Mercado mundial de aviação aviação executiva teve baixa de 7,9% em 2016, com 645 aeronaves entregues
O Cessna Citation Latitude tem capacidade para 9 passageiros e alcance de 5.000 km (Divulgação)
O Cessna Citation Latitude tem capacidade para 9 passageiros e alcance de 5.000 km (Divulgação)
O Cessna Latitude, novidade no mercado, foi o terceiro jato executivo mais vendido em 2016 (Divulgação)
O Cessna Latitude, novidade no mercado, foi o terceiro jato executivo mais vendido no mundo em 2016 (Divulgação)

O mercado de aviação executiva mundial está passando por um momento turbulento. Em 2016, fabricantes de jatos executivos entregaram 661 aeronaves, volume 7,9% inferior ao resultado do ano anterior. É também o número mais baixo nesse segmento desde 2004, quando foram entregues 592 jatos, e muito longe do recorde de 2008, de 1.317 novos jatos executivos, segundo o índice da General Aviation Manufacturers Association (GAMA).

O único fabricante de aviões executivos a jato que apresentou alta em 2016 foi a Cessna, com aumento de 7% nas entregas, em grande parte graças ao novo Citation Latitude, com 46 unidades entregues. Ao todo, a empresa americana, atual líder mundial no mercado de jatos executivos, entregou 178 novas aeronaves no ano passado.

Não fosse pela presença de novos jatos executivos no mercado, a queda em 2016 poderia ter passado de 16%. Além do Latitude, outros modelos que apareceram pela primeira vez no quadro de vendas foram Dassault Falcon 8X, Cirrus SF50 e o HondaJet.

Em contato com o Airway, Alud Davies, analista de mercado e editor do site Corporate Jet Investor, justificou a queda a uma combinação de dois fatores: “Os fabricantes já haviam anunciado anteriormente que estavam retardando a produção de vários tipos de aeronaves para acompanhar o estado geral da economia global. Também estamos à espera do ciclo de substituição de produtos.”

De acordo com Davies, a maioria dos grandes fabricantes está atualmente no processo de certificação de novas aeronaves que vão substituir modelos mais velhos. “Faz sentido para os compradores potenciais estarem mais interessados nos novos aviões, então as vendas dos aparelhos mais antigos têm naturalmente desacelerado”, contou.

O Pilatus PC-24 será uma das principais novidades em 2017 (Divulgação)
O Pilatus PC-24 será uma das principais novidades em 2017 (Divulgação)

E o resultado deste ano não será muito diferente, prevê o especialista. “Existem dois novos modelos interessantes que poderiam começar a ser entregues em 2017, mas as primeiras unidades são esperadas apenas para o final deste ano”, explicou. Esses novos jatos são o Pilatus PC-24 e o Cessna Citation Longitude.

E a Embraer?

Comparado a 2015, a Embraer Aviação Executiva entregou apenas três aviões a menos no ano passado, alcançando um total de 117 jatos executivos. Esse volume coloca a fabricante brasileira na terceira colocação mundial da categoria, atrás apenas de Cessna e Bombardier. A fabricante canadense, porém, viu suas entregas caírem 18,1% em 2016, com 163 aeronaves.

Por outro lado, a Embraer teve o jato executivo mais entregue do mundo em 2016, o Phenom 300. Ao todo, a fabricante brasileira entregou 63 unidades da aeronave, que vem sendo o “best-seller” da companhia desde 2011.

Cada jatinho Embraer Phenom 300 custa cerca de US$ 8,7 milhões (Embraer)
Cada jatinho Embraer Phenom 300 custa cerca de US$ 8,7 milhões (Divulgação)

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