Cogitada há vários anos, a venda de aeronaves A-29 Super Tucano para a Força Aérea da Ucrânia teria sido inviabilizada por conta da guerra no país europeu, mas também pelo posicionamento pró-Rússia do presidente Jair Bolsonaro.
A afirmação partiu do site O Antagonista, citando fontes diplomáticas. Segundo elas, um acordo para fornecimento de 12 aviões de ataque leve pela Embraer estava sendo negociada por cerca de US$ 300 milhões.
A Ucrânia demonstrou interesse pelo avião brasileiro para substituir seus jatos de treinamento L-39 Albatros em 2019 durante um encontro entre o presidente do país, Volodymyr Zelenskiy, e Bolsonaro.
No ano seguinte, uma comitiva que incluiu o comandante da Força Aérea Ucraniana, coronel general Serhii Drozdov, visitou a Base Aérea de Campo Grande (MS) a fim de conhecer o Super Tucano.
Os turboélices A-29 poderiam ser usados em missões nas regiões separatistas de Luhansk e Donetsk, hoje ocupadas pela Rússia.
As conversas entre integrantes dos governos brasileiro e ucraniano chegaram a incluir o cargueiro C-390 Millennium, a despeito de a Antonov desenvolver uma aeronave semelhante, o An-178.
Ao contrário do T-27 Tucano, que obteve vários clientes como o Reino Unido e a França, o A-29 não conseguiu nenhuma venda para um país europeu até o momento.