A nova “máquina mortífera” da força aérea da Rússia, o caça Sukhoi Su-57 será apresentado pela primeira vez no exterior. O jato de quinta geração tem presença marcada na feira de aviação Aero India 2021, em Bangalore, entre os dias 3 e 5 de fevereiro.
Segundo a agência russa TASS, o caça será promovido na Índia pela Rostec, conglomerado industrial estatal que reúne empresas de defesa da Rússia, entre elas o grupo United Aircraft Corporation (que controla marcas como Sukhoi, MiG e Irkut).
A aeronave enviada ao evento será um “modelo em tamanho real” do Su-57E, versão do caça desenvolvida para exportação.
“Esta aeronave (Su-57E) desperta grande interesse em muitos países porque apresenta propriedades de combate e características de voo únicas. Vemos que há a necessidade de aeronaves de última geração e que há um nicho de mercado e pré-requisitos para a entrega deste avião “, disse o diretor de Cooperação Internacional e Política Regional da Rostec, Viktor Kladov, à agência russa.
Primeiro caça de quinta geração desenvolvido na Rússia, o Su-57 é uma aeronave de combate multimissão desenvolvida para atacar todos os tipos de alvos aéreos, terrestres e navais a curtas e longas distâncias, superando suas capacidades de defesa aérea, como define o fabricante.
Como manda a receita dos novos caças de quinta geração, o Su-57 é uma aeronave stealth (“invisível” aos radares) e pode voar a velocidade supersônica de 1.975 km/h (Mach 1.6) sem precisar acionar os pós-combustores dos motores, o que reduz o consumo de combustível – com os pós-combustores acionados o Su-57 alcança até 2.440 km/h (Mach 2.2).
A ativação operacional da aeronave na Rússia foi oficializada em dezembro de 2020, embora o avião já tivesse até participado de avaliações de combate nos céus da Síria, em 2019. Na semana passada, o Ministério da Defesa russo recebeu o primeiro Su-57 produzido em série.
Su-57 foi oferecido ao Brasil
Em 2013, o governo da Rússia ofereceu ao Brasil a chance de participar do desenvolvimento do Su-57 (ainda com o nome de projeto “T-50 PAK-FA”), que seria condicionado a compra de caças Su-30 para a Força Aérea Brasileira (FAB). O acordo sugerido pelos russos previa transferência parcial de tecnologia e a produção da aeronave no Brasil.
Na época, o russos acreditavam que o Brasil poderia cancelar o programa FX-2 e lançar uma nova concorrência na qual o Su-30 poderia ser incluído. Isso, porém, não foi concretizado, barrando a entrada de empresas brasileiras no projeto do caça de quinta geração.
Com a Sukhoi excluída do processo, a etapa final do programa FX-2 foi disputada entre os caças Dassault Rafale, Boeing F/A-18 e o Saab Gripen E, que foi o modelo escolhido pela FAB.
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Este jato simplesmente põe no chinelo os Grippen comprados pelo Brasil!