Aviões como o de Havilland Vampire foram criados para combate e destruir alvos do inimigo, mas até onde se sabe nunca se viu um jato como esse acabar com a própria pista de decolagem!
O curioso fato ocorreu neste fim de semana no aeroporto de Wolverhampton Halfpenny Green, no interior da Inglaterra. Quando entrou na pista do pequeno aeródromo, surgido também na Segunda Guerra (como o Vampire), o antigo caça começou a levantar placas de asfalto, o que só acabou quando o avião levantou voo. Seu turbojato, de 3.350 libras de empuxo, encontrou um ambiente favorável para conseguir o ‘feito’, uma pista em péssimas condições de conservação.
Após o voo, o piloto do Vampire, que participava de um show aéreo, precisou pousar em outro aeroporto por conta dos danos causados na decolagem. Segundo um administrador da pista, o local é usado apenas por pequenos monomotores e bimotores a hélice e nunca ocorreu nada parecido com isso. Ele prometeu que a pista será recuperada até o final de maio.
Quem é de Havilland Vampire
Segundo caça a jato britânico, o Vampire voou em 1943, mas só entrou em serviço em 1946, meses após o fim da Segunda Guerra. Ao contrário do Gloster Meteor, único caça a jato aliado a participar do conflito, o Vampire tinha apenas um motor, cujas entradas de ar ficavam logo atrás do cockpit. Cerca de 3,2 mil unidades foram fabricadas e o jato chegou a ser usado até 1979 por forças aéreas sem grande expressão. Diferentemente do Meteor, que teve o Brasil como operador, o Vampire não serviu em nenhuma força sul-americana.
Veja o momento da decolagem do Vampire:
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