O primeiro lote de combustível de aviação de baixo carbono derivado de gases industriais de resíduos de siderúrgicas foi entregue a companhia britânica Virgin Atlantic. A empresa vai iniciar os testes com o novo querosene no início de 2017, e as expectativas já são grandes.
A companhia afirma que o novo combustível reduz em até 65% a emissão de carbono, em relação ao querosene convencional. O projeto vem sendo desenvolvido desde 2011 pela Virgin em parceria com a empresa LanzaTech, dos Estados Unidos.
O combustível de baixa emissão é produzido através da captura de carbono a partir do monóxido de carbono emitido por usinas de aço. Este é então fermentado para criar etanol e cada litro é usado para produzir 0,5 galão (1,8 litro) de combustível para a aviação. O querosene especial está em produção na China.
Além da utilidade na aviação, a LanzaTech estima que seu processo pode ser adaptado para cerca de 65% das usinas de aço do mundo, com potencial para a produção de 30 bilhões de galões de etanol e 15 bilhões de galões de combustível de aviação a cada ano, o que representa 19% das necessidades de combustível total da indústria aeronáutica comercial.
O combustível ainda precisa ser aprovado por órgão regulares da aviação, antes de ser aplicado em voos comerciais de rotina. A aprovação do novo querosene também pode abrir espaço para a LanzaTech financiar e construir uma fábrica a primeira usina comercial do novo produto. A Virgin Atlantic já voa para 30 destinos com aviões abastecidos com biocombustível.
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