Bruce Dickinson, vocalista da banda de heavy-metal Iron Maiden, teve uma visita bastante agitada pelo Brasil. Em passagem pelo país para divulgar sua recém-lançada autobiografia (“Bruce Dickinson, uma Autobiografia”, editora Intríseca), o músico que também é piloto de avião aproveitou uma folga no último domingo (13) para visitar a fábrica da Embraer em São José dos Campos (SP) e voar no jato executivo Legacy 500.
Para celebrar a ocasião, a Embraer customizou temporariamente uma aeronave com o nome da banda e seu símbolo, o monstro “Eddie the Head”. Depois de voar no Legacy 500, Dickinson deixou seu autográfo na fuselagem da avião acompanhado da frase “Melhor jato da Embraer! Parabéns!”. Essa foi a terceira visita do músico às instalações da fabricante brasileira.
Apaixonado por aviação, o músico também trabalha afastado dos palcos: Bruce é fundador e sócio da Cardiff Aviation, empresa que fornece treinamento para pilotos e serviços de manutenção de aeronaves, e também tem participação nas vendas da Trooper, cerveja fabricada em Inglaterra que leva o símbolo do Iron Maiden.
Outra função do “piloto-metaleiro” é a de comandante do “Ed Force One”, nome dado aos aviões que transportam os equipamentos e integrantes do Iron Maiden durante suas turnês mundiais. A última aeronave que recebeu a alcunha foi um Boeing 747-400, que inclusive passou pelo Brasil em 2016.
Pés nos palcos, cabeça no espaço
Em entrevista ao site Época Negócios, Bruce Dickinson contou que sua nova aposta agora é a criação de uma empresa turismo espacial com preços mais flexíveis. “Hoje, quem quiser ir para o espaço terá de comprar uma passagem do (Richard) Branson, que custa perto de US$ 250 mil”, disse o músico, citando as viagens que serão oferecidas pela Virgin Galactic.
“Algumas pouquíssimas pessoas podem pagar isso. Eu quero fazer algo mais flexível, com diferentes pacotes, dependendo de quanto a pessoa puder pagar”, disse o músico a publicação, sem revelar detalhes técnicos sobre o empreendimento.
Dickinson contou que planeja levar pessoas à órbita da Terra ou dar a elas uma “experiência real do que é o espaço”, com pacotes a partir de US$ 40 mil (cerca de R$ 145 mil). Ainda de acordo com o músico, a ideia é levar turistas ao espaço ou oferecer a oportunidade para essas pessoas passarem por treinamentos de astronauta por uma semana.
Outro empreendimento de Bruce no setor aeroespacial é o desenvolvimento de um drone projetado para levar alimentos e suprimentos médicos a regiões isoladas ou que passaram por desastres ambientais. Como explicou o vocalista do Iron Maiden, cada aeronave custa aproximadamente US$ 500 e poderá levar uma carga para atender até 50 pessoas. “É muito mais barato e seguro que usar helicópteros”, afirmou Bruce, que já negocia o uso do equipamento com três países.
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