A VoePass deu entrada em um pedido de tutela preparatória para restruturar suas dívidas de curto prazo, anunciou a companhia aérea sediada em Ribeirão Preto.
O mecanismo permite que a empresa suspenda cobranças de credores e possa buscar uma mediação visando uma restruturação financeira. No entanto, a Justiça precisa aprovar o pleito.
O objetivo é renegociar um terço das dívidas para evitar um pedido de recuperação judicial.
“Mesmo diante de tantas adversidades setoriais, considerando todos os desafios que a aviação no Brasil enfrenta há algum tempo, como é de conhecimento público, nós chegamos aos 30 anos de atuação na aviação regional – a companhia aérea há mais tempo em operação no Brasil”, disse José Luiz Felício Filho, CEO da companhia.
A empresa diz seguir com sua operação normal, mas metade da frota de aeronaves foi devolvida ou imobilizada.
Como AIRWAY mostrou, apenas nos últimos meses três ATR 72-600, os mais modernos operados, deixaram de voar e foram retomados pelos arrendadores.
A VoePass culpou o acidente do voo 2283 pelos percalços enfrentados. A aeronave ATR 72-500 PS-VPB vinha de Cascavel para o Aeroporto de Guarulhos quando teve problemas com o sistema anti-gelo.
O turboélice estolou e entrou em parafuso chato, sem controle até atingir uma casa em Vinhedo. Os 62 ocupantes faleceram.
As cobranças de arrendadores de aeronaves começaram antes do acidente, entretanto.
A direção da companhia afirmou que o pedido de tutela não inclui os processos indenizatórios do acidente, que estão sendo realizado por meio de uma seguradora.