Muitos esportes já entraram e depois abandonaram as Olimpíadas. Entre essas modalidades esquecidas podemos citar algumas um tanto exóticas, como cabo de guerra, tiro ao pombo e até competições artísticas. Outra prática que fez parte da competição foi o voo a vela, disputado em caráter de demonstração nas Olimpíadas de Berlim, na Alemanha, em 1936.
Participaram da disputa 14 pilotos de sete países: Bulgária, Itália, Hungria, Iugoslávia, Suíça, Áustria e anfitriã Alemanha. O melhor resultado foi obtido pelo piloto húngaro Lajos Rotter, com um voo de 336 km realizado em 4 horas e 31 minutos com o planador “Nemere”. Ao chegar em Kiel, cidade sede das provas de voo a vela, Rotter chegou fazendo festa e antes de pousar realizou dois loopings. Apesar da disputa, não houve entrega de medalhas.
Em 1938, o Comitê Olímpico Internacional (COI) tornou o voo a vela um esporte opcional para ser incluído nas Olimpíadas de 1940, que seria realizada em Tóquio, no Japão. No entanto, devido aos conflitos da Segunda Guerra Mundial, a edição acabou cancelada e junto com ela a intenção de incluir a disputa de planadores nos jogos olímpicos.
Planador olímpico
Antes da inclusão do voo a vela nas Olimpíadas ser cancelada, foi elaborado um planador “olímpico” no intuito de criar uma categoria equilibrada com aeronaves iguais. O projeto tomou a forma do DFS Olympia Meise, que seria utilizado na disputa dos jogos de Tóquio.
A disputa não foi adiante, mas a aeronave sim. O Olympia Meise foi um dos planadores mais produzidos da história e um dos principais responsáveis por alavancar o voo a vela no mundo todo, que até então era praticado basicamente somente na Alemanha.
O planador alemão foi produzido em diversos países, entre o final da década de 1930 e início dos anos 1960, inclusive no Brasil, onde sete modelos foram montados. O aparelho também foi fabricado na Suécia, Holanda, Suíça, Holanda, Hungria, Áustria, além da própria Alemanha.
Apesar de nunca mais ter sido cogitada a entrada de competições de voo a vela nas Olimpíadas, foi criada uma categoria de planadores chamada “Classe Olímpica”, inspirada justamente nas características do Olympia Meise.
Fonte: Nas Nuvens
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Muito bom, Thiago!
Mas ao contrário do que voce diz ao final, tem sido cogitado SIM. Nos anos 90 aconteceu um processo onde foi criada novamente a classe olímpica e o planador escolhido foi o PW-5, projeto da universidade de Warsovia cujos planos sao de dominio publico. Entretanto o COI acabou não aceitando o esporte de volta supostamente pelo custo individual da máquina. Mas essa conversa tem acontecido regularmente entr o IGC e o COI e a esperanca é voltar sim ao jogos olímpicos.
Abs