O esperado voo inaugural do 777X deve ocorrer no dia 26 de junho, segundo Sir Tim Clark, presidente da Emirates Airline, cliente lançadora do modelo.
Em coletiva de imprensa em Seul (Coréia do Sul) durante a conferência da IATA (Associação Internacional de Transporte Aéreo), Clark revelou a data, antes mesmo que a própria Boeing.
A intenção de realizar o primeiro voo do maior jato comercial bimotor da história já era aguardada para o final do mês de junho, segundo a Reuters, indicando fontes da fabricante.
O novo jato de longo alcance está com cronograma atrasado, porém, a Boeing ainda pretende colocar o 777-9X em serviço em 2020. No entanto, dificuldades com os novos motores GE9X e com a montagem das asas postergaram os planos de desenvolvimento.
Um sinal de que o novo jato está perto do primeiro voo ocorreu no dia 30 de maio quando um dos dois protótipos foi visto testando seus motores pela primeira vez.
Mais problemas com o 737 MAX
O presidente da Emirates também comentou sobre os problemas que a Boeing passa com o aterramento do 737 MAX. Segundo Clark, a falta de cooperação entre as agências de aviação civil do EUA, Canadá, Europa e China pode empurrar o retorno do 737 MAX à operação provavelmente para 2020 – “Se estiver no ar no Natal, eu ficarei surpreso”, disse o executivo.
No mesmo dia, a FAA revelou que ao menos 312 Boeing 737 dos modelos NG e MAX podem ter sido montados com componentes defeituosos. O agência federal afirmou que pedirá à Boeing a troca dos slats do bordo de ataque que não atendem os requerimentos de durabilidade e resistência. Os aviões envolvidos são 133 737 NG e 179 MAX.
Por fim, a companhia aérea AZAL, do Azerbaijão, cancelou um contrato de US$ 1 bilhão (R$ 3,9 bilhões) para a compra de 10 Boeing 737 MAX. A empresa alegou “razões de segurança” para justificar o cancelamento -, inclusive, a fabricante dos EUA não recebeu nenhuma encomenda de aviões comerciais em abril.
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