A Flybondi, companhia aérea de baixo custo da Argentina, finalmente poderá operar seus voos para o Brasil a partir do Aeroporto Jorge Newbery, o Aeroparque, em Buenos Aires.
Em outubro, as rotas de Rio de Janeiro, Florianópolis e São Paulo terão a opção de pousar no aeroporto central, além dos voos já em operação no Ezeiza, o maior terminal aéreo do país.
“Poder operar voos internacionais a partir do Aeroparque é um marco para a empresa e uma ótima notícia para nossos clientes, que muitas vezes têm preferência por este aeroporto devido à sua proximidade”, disse Federico Pastori, Diretor Comercial da Flybondi. “Nosso principal objetivo é dar mais opções aos nossos passageiros no planejamento de sua viagem”.
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Espécie de “Santos Dumont” com “Congonhas” na capital argentina, o aeroporto teve sua pista e terminais ampliados, beneficiando sobretudo a estatal Aerolíneas Argentinas.
Como é bem localizado, próximo de áreas turísticas e de negócios, o Aeroparque é disputado pelas empresas aéreas.
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A Flybondi estreou voos em 2018 ainda durante um período de abertura do mercado lançada no governo do ex-presidente Mauricio Macri.
A empresa aérea, que opera desde o início com jatos Boeing 737NG, foi autorizada a voar a partir do Aeroporto El Palomar, mais usado como base aérea da Força Aérea Argentina.
A despeito da infraestrutura modesta, o aeroporto na região metropolitana de Buenos Aires tinha a vantagem de custos mais baixos, mas em 2020 o sucessor de Macri, o esquerdista Alberto Fernandez interrompeu o processo de abertura da aviação comercial.
Focado em investir na estatal Aerolíneas, o governo Fernandez fechou El Palomar e proibiu voos durante um longo período na pandemia do Covid-19.
A despeito das restrições, a Flybondi sobreviveu e voltou a crescer, mesmo operando no distante Ezeiza. Neste ano a companhia aérea é a segunda maior, atrás apenas da Aerolíneas Argentinas, com 15 jatos e mais de 12 milhões de passageiros transportados.
A posse do ultraliberal Javier Milei recolocou a Argentina na direção da desregulamentação e livre mercado. O novo presidente quer agora privatizar a Aerolíneas novamente.