A companhia aérea australiana Qantas adiou o início do ambicioso Projeto Sunrise (nascer do sol), que visa ligações diretas da Austrália para destinos nos Estados Unidos e Europa.
Antes previsto para 2025, os voos só deverão começar no final de 2026 ou depois. O motivo envolve o reprojeto de um tanque extra de combustível que equipará seus novos Airbus A350-1000.
A fabricante europeia confirmou o atraso, alegando que a EASA, autoridade de aviação civil europeia, solicitou mudanças no tanque de combustível central que permitirá ao widebody oferecer uma autonomia suficiente para ir de Sydney a Nova York sem escalas, por exemplo.
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“Temos que redesenhar o tanque central, o tanque de combustível extra, que permitirá a missão Sunrise, e é isso que explica a mudança”, disse Christian Scherer, CEO de negócio de aeronaves comerciais da Airbus, à Reuters.
Voos com mais de 20 horas de duração
A Qantas escolheu a Airbus como fornecedora das aeronaves do projeto em 2019 após avaliar também o Boeing 777X.
Em 2022, a transportadora australiana fechou uma encomenda inicial de 12 A350-1000 que contarão com serviços diferenciados para que passageiros e tripulantes possam permanecer a bordo por cerca de 20 horas.
O A350-1000 do projeto Sunrise será capaz de voar distâncias de superiores a 16.000 km (8,700 milhas náuticas) com 234 passageiros a bordo.
Para conseguir esse alcance extra, a aeronave deverá elevar seu peso máximo de decolagem (MTOW) para transportar mais combustível.
Atualmente, os voos da Qantas para Nova York e Londres têm de fazer uma escala técnica para reabastecimento, tornando a viagem longa e cansativa para os passageiros.
Reprojetar um componente de uma aeronave, no caso o tanque extra, não necessitaria de uma nova certificação ?