Voos ultralongos da Qantas só começarão de 2026 em diante

Companhia aérea australiana vai voar para Nova York e Londres sem escalas com jatos Airbus A350-1000 especialmente preparados, mas projeto atrasou
Projeção do A350-1000 da Qantas
Projeção do A350-1000 da Qantas (Airbus)

A companhia aérea australiana Qantas adiou o início do ambicioso Projeto Sunrise (nascer do sol), que visa ligações diretas da Austrália para destinos nos Estados Unidos e Europa.

Antes previsto para 2025, os voos só deverão começar no final de 2026 ou depois. O motivo envolve o reprojeto de um tanque extra de combustível que equipará seus novos Airbus A350-1000.

A fabricante europeia confirmou o atraso, alegando que a EASA, autoridade de aviação civil europeia, solicitou mudanças no tanque de combustível central que permitirá ao widebody oferecer uma autonomia suficiente para ir de Sydney a Nova York sem escalas, por exemplo.

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Metade do espaço interno do A350-1000 da Qantas será dedicado aos passageiros de primeira classe e executiva
Metade do espaço interno do A350-1000 da Qantas será dedicado aos passageiros de primeira classe e executiva (Qantas)

“Temos que redesenhar o tanque central, o tanque de combustível extra, que permitirá a missão Sunrise, e é isso que explica a mudança”, disse Christian Scherer, CEO de negócio de aeronaves comerciais da Airbus, à Reuters.

Voos com mais de 20 horas de duração

A Qantas escolheu a Airbus como fornecedora das aeronaves do projeto em 2019 após avaliar também o Boeing 777X.

Em 2022, a transportadora australiana fechou uma encomenda inicial de 12 A350-1000 que contarão com serviços diferenciados para que passageiros e tripulantes possam permanecer a bordo por cerca de 20 horas.

Cabine da primeira classe do A350-1000
Cabine da primeira classe do A350-1000 (Qantas)

O A350-1000 do projeto Sunrise será capaz de voar distâncias de superiores a 16.000 km (8,700 milhas náuticas) com 234 passageiros a bordo.

Para conseguir esse alcance extra, a aeronave deverá elevar seu peso máximo de decolagem (MTOW) para transportar mais combustível.

Atualmente, os voos da Qantas para Nova York e Londres têm de fazer uma escala técnica para reabastecimento, tornando a viagem longa e cansativa para os passageiros.

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