Atividades como skate, surf e até wingsuit estão prestes a se tornar esportes “conservadores” comparados ao que está por vir. A nova tendência é o Wingboard, uma prancha em forma de asa que decola ao ser rebocada por um avião. “É uma espécie de wakeboard, mas em vez de deslizar na água atrás de uma lancha, o praticante plana no ar atrás de um avião”, explica Aaron Wypyszynski, criador do projeto.
A criação do projeto surgiu após uma frustração. O sonho de Wypyszynski era ser piloto de caça da Força Aérea dos Estados Unidos. No entanto, por ser muito alto, acabou reprovado. Para não ficar de fora da aviação, se formou em engenharia aeronática e também tirou breve para pilotar aeronaves de pequeno porte. Mas ainda parecia ser pouco.
Em 2015, o engenheiro-piloto fundou sua própria empresa, a Wyp Aviation, e iniciou o desenvolvimento e testes do que ele chamou de “Wingboard” (asa-prancha, em inglês). “Começou como uma brincadeira com modelos de papel e percebi que a ideia poderia funcionar. Então decidi construir os primeiros protótipos com materiais mais elaborados e o conceito funcionou novamente”, revelou Wypyszynski em entrevista a CNN.
Como explica o criador, o Wingboard está na “fase 2” de desenvolvimento, na qual já foram testados em voo modelos em escala reduzida com sucesso. Para entender o funcionamento do projeto, que tem partes construídas em impressora 3D, foi preciso desenvolver um boneco que simula os movimentos de uma pessoa. O manequim tem até nome: James. “Criamos um ser humano de sucata”, contou Wypyszynski.
Para a fase seguinte, James terá de ceder seu espaço no Wingboard a uma pessoa de verdade. E voluntários não faltam. Segundo a fabricante, milhares de pilotos, paraquedistas e praticantes de wingsuit já se ofereceram para voar na invenção. O primeiro voo “tripulado” está previsto para o início de 2017.
Como funciona?
Na teoria, voar no Wingboard é como praticar qualquer esporte que envolva pranchas. Os movimentos são orientados pelos pés do praticante, que ficam presos na base da “asa-voadora”, e o equilíbrio é fundamental. Durante o voo a prancha é rebocada por um avião e o design do equipamento permite realizar manobras ousadas, até mesmo de cabeça para baixo.
A forma como Wingboard vai pousar, porém, ainda não está muito bem definida. O criador sugere duas formas: pousar junto com o avião ou então descer de paraquedas. Até o momento, a segunda solução parece ser a mais viável e segura – nesse caso o praticante e a prancha pousam separados, cada um com seu próprio paraquedas.
O Wingboard ainda precisa mostrar que pode funcionar com total segurança para ser aprovado pelos órgãos de aviação dos EUA, afinal trata-se de uma aeronave. O criador do novo esporte já fixou até um preço para o produto: US$ 10 mil. A empresa também procura formas de baratear a prática até alcançar valores próximos aos praticados no paraquedismo.
Vai encarar?
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