A Boeing perderá a exclusividade de frota de um de seus clientes na China. A Xiamen Airlines, companhia aérea baseada na província de Fujian, receberá 40 jatos A320neo, da Airbus, entre 2024 e 2027, anunciou sua principal acionista, a China Southern Airlines nesta quinta-feira, 22.
O acordo, estimado em US$ 4,9 bilhões, foi revelado na Bolsa de Xangai e depois confirmado pela Airbus. “A Xiamen Airlines fez um pedido firme de 40 aeronaves da Família A320neo escolhendo a Airbus para ampliar sua frota, tornando a companhia aérea seu mais novo cliente”, disse a fabricante de aviões em nota.
Atualmente, a Xiamen Airlines opera uma frota exclusiva de aeronaves fornecidas pela Boeing, incluindo 150 737 e 12 787 Dreamliner.
A maior parte das aeronaves de corredor único é do modelo 737-800, mas Xiamen chegou a receber 10 737 MAX 8, que estão fora de serviço no momento. Há ainda 25 aeronaves pendentes de entrega cujo destino é incerto.
Retaliação da China
O novo acordo ocorre meses após um megapedido ser feito por três grandes companhias aéreas chinesas. Em julho, China Eastern, China Southern e Air China anunciaram encomendas de 292 aeronaves da família A320neo.
Na época, o pedido foi considerado uma retaliação do governo chinês contra a Boeing por conta do endurecimento da relação com a administração Biden. A situação se agravou após a visita da Presidente do Câmara dos Deputados dos EUA, Nancy Pelosi, a Taiwan, em agosto.
A Boeing ainda tenta convencer a CAAC, autoridade chinesa de aviação civil a liberar a operação do 737 MAX no país. Em dezembro, a agência aprovou o retorno, mas as operadoras do modelo ainda estariam aguardando mudanças na aeronave.
Na semana passada, a fabricante dos EUA revelou que irá remarket parte dos 737 MAX encomendas pelas transportadoras chinesas após esperar por muito tempo pela retomada das entregas.
Isso tem dedo do Partido Comunista Chinês! Que aliás governa tudo lá!
Pois é, Marcelo. E aqui ainda tem gente que defende, com unhas e dentes, esse modelo.