O que já havia sido antecipado nos últimos dias tornou-se oficial neste domingo, 4 de agosto: a Ucrânia já está de posse dos seus primeiros caças Lockheed Martin F-16.
A confirmação veio pelo próprio presidente do país, Volodymyr Zelensky, que em uma cerimônia militar apresentou duas das aeronaves de combate já com as insígnias ucranianas.
“F-16s na Ucrânia, nós conseguimos”, disse Zelensky, que fez questão de lembrar que os caças são apenas o início de um mudança estratégia para equipamentos ocidentais e que levará tempo.
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Os dois primeiros F-16 vistos em fotos e vídeos estavam carregando mísseis ar-ar AIM-9 Sidewinder e AIM-120 AMRAAM, uma configuração de defesa aérea.
Além disso havia pods PIDS e ECIPS, que são compostos de sistemas de defesa para mísseis guiados por radar e infravermelho como chaffs e flares e sensor AN/AAR-60 e o jammer AN/ALQ-162.
É um conjunto necessário para que os jatos supersônicos possam sobreviver em um espaço aéreo conturbado em que a Rússia tem hoje como alvo prioritário destrui-los.
Caças ex-Dinamarca
As aeronaves vistas na Ucrânia seriam ex-F-16 fornecidos pela Dinamarca, das variantes F-16AM e F-16BM, ou seja, a primeira geração, mas que passou por atualizações.
A Holanda deverá ser a próxima a repassar as aeronaves, seguidas da Bélgica e Noruega e que deverão totalizar entre 65 e 85 aeronaves à Força Aérea da Ucrânia.
Os F-16, como já salientado por militares da OTAN e da própria Ucrânia, não serão uma “bala de prata”, mas o início de uma transformação que tornará a força aérea mais capaz e preparada para se defender dos ataques russos.
Fazem parte das ações a instalação de mais sistemas de defesa terra-ar e também aeronaves de alerta aéreo antecipado ASC 890, doadas pela Suécia.
Mais do que isso, será necessário esperar pelo ganho de experiência de pilotos e pessoal de terra para tirar dos aviões ocidentais seu máximo. Até lá os céus ucranianos ainda serão um ambiente bastante disputado.
