Vídeo mostra momento do acidente com um bombardeiro russo Tu-22M3

Tupolev foi destruído durante o pouso realizado quase sem visibilidade na região do Ártico. Três dos quatro ocupantes faleceram
Momento em que o Tu-22M3 se parte ao meio ao pousar (Reprodução)
Momento em que o Tu-22M3 se parte ao meio ao pousar (Reprodução)

A Força Aérea da Rússia sofreu três perdas de aeronaves em janeiro. Primeiro dois aviões de ataque Sukhoi Su-34 colidiram no ar perdendo parte da tripulação. Quatro dias depois um novo acidente: um bombardeiro estratégico Tupolev Tu-22M3 foi destruído ao tentar pousar sob um mau tempo numa pista na região do Ártico. Quase uma semana depois do ocorrido, surgiu na internet um vídeo que mostra o grave acidente que vitimou três dos quatro tripulantes do avião (veja abaixo).

Segundo a imprensa local, o Tu-22M3 tentava pousar em meio a neve na base aérea de Olenya, na distante região de Murmansk, no extremo leste da Rússia. Com pouca visibilidade, o grande jato supersônico se aproximou com uma grande razão de descida e, ao tocar na pista, o fez com tamanha força que a fuselagem se partiu ao meio.

A seção dianteira, com o cockpit e seus quatro tripulantes, girou e se arrastou até parar na pista enquanto a enorme seção traseira com as asas e motores voltou a subir para então cair ao lado do restante da aeronave e explodir.

Apesar da negativa russa, o jato da Tupolev parecia carregar um míssil de cruzeiro sob as asas.

Suposto Tu-26

O Tu-22M, codinome “Backfire” para a OTAN, surgiu nos tempos da União Soviética no início dos anos 70 como um bombardeiro de asas de geometria variável utilizado tanto para ataques estratégicos como para missões marítimas.

Inicialmente, se acreditou que sua designação seria Tu-26, porém, a Tupolev o considerou uma evolução do Tu-22, primeiro bombardeiro supersônico do país e que havia entrado em serviço no início da década de 60. Por essa razão, os russos optaram por batizá-lo de Tu-22M embora fosse um avião completamente novo.

Seção dianteira onde estavam os quatro ocupantes do bombardeiro (Reprodução)

Apesar de ter entrado em serviço em 1972, o Tu-22M continua a ser um importante aeronave das forças armadas russas que inclusive tem investido na sua modernização, com novos aviônicos e motores, além de armamentos mais modernos, o chamado Tu-22M3M que voou pela primeira vez em dezembro de 2018.

Com cerca de 500 exemplares produzidos, o “Backfire” tem poucos relatos confirmados de acidentes. Um deles ocorreu em setembro 2017 na base aérea de Shaykovka, a 300 km de Moscou, quando um Tu-22M3 teve uma decolagem abortada mal sucedida e acabou parando fora da pista. Apesar da dramaticidade, os quatro ocupantes não se feriram, mas o jato foi condenado.

Tupolev Tu-22M3M, versão atualizada do bombardeiro (UAC)

Veja também: Rússia encomenda 10 novos bombardeiros Tu-160M2

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  1. A Força Aérea Russa sofreu e sofre muitos acidentes em sua vida operacional. Tentar o pouso nessas condições era correr um perigo talvez desnecessário. Se houvesse aeródromo ou base como alternativa ao plano de vôo, poderiam ter arremetido e rumado para alternativa…

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